Ainda não conheci nenhum empresário que não tenha ficado encantado com a automação de processos, ganhos de produtividade e maximização de lucros. A robótica e a inteligência artificial estão revolucionando as indústrias, proporcionando avanços impressionantes e transformando o cenário empresarial de forma extraordinária.
Todavia, cada máquina em operação significa mais trabalhadores desempregados e sem renda para consumir, até mesmo, alimentos básicos como arroz e feijão.
Como resultado, governos criam medidas assistencialistas, para tentar garantir a sobrevivência de milhões de pessoas, do que resultam elevados gastos e mais impostos a serem pagos por quem produz alguma coisa.
No passado, na época das máquinas a vapor, uma forma de garantir empregos foi a gradual redução das jornadas de trabalho. Hoje, o dinamismo acelerado na introdução de novas tecnologias já não admite gradualismo.
Por outro lado, custos de produção precisam estar em patamares que permitam competitividade. A situação é crítica e perversa. De um lado a responsabilidade social, atrelada à manutenção dos empregos e preservação de mercados consumidores. De outro, a necessidade de geração de produtos de boa qualidade a preços competitivos.
Qualquer empresário fica constantemente pressionado em suas decisões estratégicas, táticas e operacionais. Enquanto isso, as novas gerações vêm buscando desconstruir o modo de se relacionar com o trabalho. Em breve, num futuro próximo, teremos condições de analisar de forma mais clara se os caminhos escolhidos trarão benefícios a todos.
Fonte: Administrador e Consultor aposentado da COPASA